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Solidão



Acordei com o vento batendo alguma porta.
Me enchi de alegria achando que era meu amor voltando pra mim.
Cheguei a ouvir seus passos subindo a escada,
A percebê-lo esgueirando-se pra baixo do edredon, colando no meu seu corpo com cheiro de Phebo, úmido do banho que acabara de tomar.
Pude sentir sua mão escorregando por meu contorno e a respiração ofegante me chamando a participar de sua luxúria.
Seu desejo rijo, denunciando todo o tesão que sente, abrindo espaço, procurando abrigo em mim.

Abro os olhos.
Não! Você não está aqui.
Continuo sozinha, a cama continua fria,
Vazia como o vazio que dói no peito
O travesseiro ainda cheira a Phebo
Queria seu abraço, daqueles que me fazem esquecer o mundo lá fora
Choro baixinho sua ausência
Era só o vento batendo alguma porta.

Comentários

  1. Vento vil,que traz a tona as deliciosas sensações que somente ele consegue despertar,,,

    Adore Poline.
    Beijinhus*

    ResponderExcluir
  2. Deixe o vento trazer outros perfumes...que tal o cheiro do meu...??

    beijossssss

    ResponderExcluir
  3. A solidão é assustadora

    ResponderExcluir
  4. Obrigado por sua visita e suas palavras.
    Também vou linkar voce lá e desde já, seu seguidor!
    bjs

    ResponderExcluir
  5. PQP!!! Finalmente li uma poesia que me comoveu. Sessenta e seis anos no lombo e pela primeira vez li uma Poesia com "p" maiúsculo. Quanta tristeza e quanta sensualidade em tão poucas linhas! E que inveja de quem possa despertar tanto amor de uma mulher...
    Arlindo

    ResponderExcluir

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