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Mostrando postagens de novembro, 2013

Venda-me os olhos

Me venda os olhos Me envolva em seus braços Me faça frágil Acalenta minha inquietação E sacia meu corpo Pra que minha alma se locuplete de você Inspirada por um texto da Estrela, do Pleasures .

Sodomia no trabalho

Dr. César é um advogado de renome, dono de um escritório famoso, onde estagiei por alguns meses. Ele próprio realizou a entrevista quando me candidatei à vaga e me contratou apenas por meus méritos profissionais, juro. Um homem sério, sisudo. Nunca ri. Cinquenta e poucos anos, grisalho, um pouco calvo e uma barriguinha proeminente, típica de coroas sedentários. Seu jeito autoritário beira a arrogância. Já trabalhava ali há 7 meses, quando Dr. César recebeu um amigo pra um bate-papo regado a whisky, fim de tarde. Ao encerrar meu expediente, fui avisá-lo que estava indo pra casa e pude ouvir parte da conversa. O grande advogado fazia confidências pessoais. Reclamava que há meses não transava com a esposa e que ela nunca tinha permitido que lhe comesse o cu. Me surpreendeu seu ressentimento. Sério, nessa hora senti compaixão. ~Rs~ Tão bem sucedido, tão respeitado, tão autoritário, choramingando por nunca ter comido o cu da esposa. Resolvi que EU daria meu cu pra ele. Ele nunca tinha

Bobagens que não interessam

Hoje não vim falar sobre sexo. Não tem contos, nem poesia. Hoje só têm lágrimas e palavras de ressentimento. Aviso no começo pra que você não perca seu tempo lendo as baboseiras sem nexo, escritas por mim só com o intuito de extravasar a pressão aqui do meu peito. Então, pode ir. Eu não vou ficar chateada, sério. O que aconteceu? Não foi sexo! Talvez fosse mais fácil se tratasse apenas de sexo. É mais que isso. É a deslealdade (de novo), a mentira, a falta de preocupação com meus sentimentos, o egoísmo. É perceber que talvez ele não queira tanto quanto eu, não esteja tão disposto a abrir mão quanto eu. Num relacionamento só temos certeza do que nós sentimos (às vezes nem isso). Saber a importância que temos na vida do outro, seu sentimento com relação a gente, é questão de confiança. Apenas sinais nos indicam se vale a pena acreditar e investir. Sinais! Mas... e quando percebemos que essa pessoa, que de perto te faz sentir a mulher mais feliz, mais privilegiada, mais amada do

Sexo real ou virtual?

Eu amo a internet! Como quase todo mundo, não consigo mais viver sem ela. Acusam a virtualidade de muitas coisas, mas, na verdade, ela nos dá a possibilidade de conhecer pessoas com as quais nunca cruzaríamos, não fosse pela web. Mais que isso, na rede podemos ser quem quisermos, sem o compromisso com a verdade e, muitas vezes, sob a proteção de um fake. Eu tenho um "amigo virtual", que me faz companhia em muitas noites solitárias. Começamos a conversar há alguns anos, quando ele me pediu umas contribuições pro seu blog. Com o tempo nossos papos foram ficando cada vez mais frequentes e intensos. O assunto foi esquentando e, claro, começamos a falar sobre sexo. Coisas que gostávamos, nossas experiências passadas (verdadeiras ou não). Esperava com certa ansiedade nossos encontros virtuais. Durante um de nossos papos, ele disse que estava excitado. Eu ri. Não poderia deixar passar essa oportunidade. Pedi que abrisse a câmera, ele não exitou. Levei um susto quando vi que est

Solidão

Acordei com o vento batendo alguma porta. Me enchi de alegria achando que era meu amor voltando pra mim. Cheguei a ouvir seus passos subindo a escada, A percebê-lo esgueirando-se pra baixo do edredon, colando no meu seu corpo com cheiro de Phebo, úmido do banho que acabara de tomar. Pude sentir sua mão escorregando por meu contorno e a respiração ofegante me chamando a participar de sua luxúria. Seu desejo rijo, denunciando todo o tesão que sente, abrindo espaço, procurando abrigo em mim. Abro os olhos. Não! Você não está aqui. Continuo sozinha, a cama continua fria, Vazia como o vazio que dói no peito O travesseiro ainda cheira a Phebo Queria seu abraço, daqueles que me fazem esquecer o mundo lá fora Choro baixinho sua ausência Era só o vento batendo alguma porta.