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Dois

Foi uma chuva colossal! Fiquei até mais tarde no trabalho para colocar algumas coisas em dia, antes das férias que estavam chegando. Olhei pela janela e vi que as ruas no entorno estavam alagadas, em muitas já não passavam carros. O melhor seria ficar por ali, até que a água abaixasse, e isso levaria tempo. Tirei os sapatos, liguei para casa para avisar do ocorrido. Lembrei dos vinhos que um cliente enviou de presente, fui até a copa buscar uma taça. Apesar do adiantado da hora, a sala vizinha estava com as luzes acesas. Ali funcionava um escritório de advocacia, instalado há pouco tempo por dois rapazes, com quem só tinha trocado "bom dia" e "boa tarde", eventualmente no elevador.

Tentei, de todo jeito, achar um saca-rolhas, mas... Quem disse? Cheguei perto da porta dos vizinhos doutores e ouvi risadas. Estavam conversando descontraídos, certamente esperavam a chuva passar, como eu. Tomei coragem e fui pedir ajuda. Apresentei-lhes o problema, depois de apresentar-me "a mim mesma". Gentilmente disseram que vinho nunca é problema e que poderiam improvisar para abrir a garrafa se eu dividisse com eles o conteúdo dela. Aceitei imediatamente a oferta, informando que havia mais três de onde vinha aquela. Eles comemoraram usaram o extrator de grampos para empurrar a rolha para dentro da garrafa.

Nos servimos, conversamos sobre várias coisas, bebemos duas garrafas e meia de vinho e já parecíamos amigos de infância. De repente, as luzes apagaram e eu agradeci ao universo por não estar sozinha no escuro. Ligamos os celulares para ser possível enxergar alguma coisa.

Levantei-me para buscar a última garrafa, fiquei meio tonta e apoiei-me na mesa. Um deles, percebendo minha vertigem, levantou-se para me acudir, segurou meu queixo e perguntou se estava tudo bem. Olhei fundo nos seus olhos e o beijei. Beijei, com toda lascívia que ardia em mim naquele momento. Ele retribuiu, me puxando para perto de si. Pouco tempo depois, senti outras mãos rodearem minha cintura. Enquanto beijava um, o outro colava em mim, por trás, roçando sua barba em meu pescoço, mordendo minha orelha, forçando contra minha coxa seu membro duro. Daí em diante, não sei exatamente como as coisas aconteceram, deixei-me apenas conduzir pelo clima de luxúria que se instalara.

Em instantes, estávamos nus. Enroscados, eu entre eles, inebriada pelo vinho e pelo tesão, sentindo dois corpos quentes e suados roçando o meu. Um deles se afastou, limpou a mesa e me deitou sobre ela. Vendaram-me os olhos com uma gravata, me abriram as pernas, expuseram minha intimidade. Quatro mãos, duas bocas a me percorrerem os peitos, as coxas, o sexo. Quando perceberam meu corpo retezando, entregando o prazer que estava por vir, eles pararam. O mais forte me conduziu até a poltrona, sentando-me em seu colo, de frente para ele, puxando-me pelos quadris e penetrando profundamente em mim. Arranquei a gravata dos olhos, queria ver tudo o que estava acontecendo.

Enquanto cavalgava em um, o outro metia-me na boca, chupava-me os peitos. Acariciou-me a bunda. Entendi o que pretendia e adorei. Ele se posicionou atrás de mim e apertou-me as nádegas. Entrou devagar, mas decidido. Os três estávamos perfeitamente encaixados e eu, completamente preenchida por eles. Quanto mais eu rebolava, mais os sentia dentro de mim. Até que meu corpo se contraiu, o fervor concentrado em meu ventre irradiou para os braços e pernas, arrepiando-me até o ultimo pêlo e explodindo no orgasmo mais intenso da minha vida. Eles urraram logo em seguida, gozando lindamente também.

Tombamos exaustos, rindo, sem acreditar no que tinha acontecido. A chuva já tinha passado, a luz voltado e sequer percebemos. Dali a pouco tempo, amanheceria e o o prédio estaria cheio de pessoas trabalhando. Levantamos rápido e fomos embora. Trocamos telefones, contatos nas redes sociais e eles me levaram em casa, gentilmente. Foi uma forma deliciosa de fazer novos amigos.

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